Desde o dia 21 de março, quando tive férias interrompidas e entrei no processo de distanciamento social, fazendo minha parte para contribuir com a contenção da contaminação pelo novo coronavírus, me pus a observar e a estudar muito o comportamento das marcas em suas comunicações, principalmente no que diz respeito à produção de conteúdos, que é o que fazemos e o que temos condições de avaliar por aqui.
O que acontece é realmente sem precedentes e está todo mundo aprendendo a lidar com as coisas conforme os novos desafios se apresentam, mas uma coisa ficou muito clara para mim: o sucesso dos negócios está hoje intimamente ligado à sua capacidade de boa comunicação e de bons profissionais de comunicação que possam liderar a construção e divulgação das mensagens. A pandemia só evidenciou esse fato e talvez o tenha deixado nítido para olhos mais leigos no assunto.
Faço um parênteses para comentar minha frustração nesse ponto. Vi mais coisas medianas e ruins do que boas. Tentei desesperadamente um top 5 para um post para redes sociais da Cabrun! das marcas que melhor produziram conteúdos nesse período e cheguei com certo esforço a um top 2, destacando Banco do Brasil e Maurício de Sousa Produções.
Parcialmente, compreendo as dificuldades aqui. Além da situação sem qualquer manual de instrução, sei dos esforços que os departamentos de comunicação enfrentam diariamente para dialogar com outros departamentos e fazer as mensagens fluírem com uniformidade. Por outro lado, comunicação é comunicação em qualquer tempo. Meio, mensagem, ação, reação, etc. Por isso digo que houve muita derrapada na comunicação durante a quarentena e foi sobre isso que fiz um artigo no LinkedIn.
Logo nos primeiros dias, produzi esse texto com uma breve análise dos conteúdos sobre o coronavírus. Agora, exatamente um mês depois, escrevo esse post já tendo participado de muitas conversas com gente próxima , entre eles clientes e parceiros de trabalho, e assistido a alguns dos fantásticos webinários da The Content Marketing Association, associação que reúne agências do Reino Unido que trabalham com marketing de conteúdo. Nada como ouvir de gente que trabalha em mercados bastante amadurecidos para a produção de conteúdo.
Também li muito nesse período. Artigos, livros teóricos, enfim…É quase que uma unanimidade que a transição à normalidade será gradual e as mensagens terão que estar muito calcadas na realidade e acompanhar esse ritmo. Reúno aqui alguns insights com orientações tiradas de diferentes fontes e elaboradas conforme meu próprio repertório e observações.
Depois de tantas incertezas, nada como um pouco de solidez e segurança. As marcas devem voltar aos poucos para a comunicação natural de seus negócios sem se descolar da realidade e das posturas que adotou no momento de pandemia. Isso significa que aos poucos precisará pastar do foco em prestação de serviços, que convenientemente deve ter sido adotado, para o discurso mais vendedor e será preciso ter bom senso nesse processo lento. Mais uma vez estar nas mãos de bons comunicadores é fundamental.
Por incrível que pareça, nem toda marca nessa altura do campeonato tem a noção de que estar em redes sociais supõe uma postura aberta não só ao diálogo, mas também às críticas e comentários ácidos. Vejo que muitas abandonam o diálogo e fogem à difícil, mas necessária tarefa de lidar com crítica. No contexto de pandemia, com os ânimos alterados, as pessoas foram ainda mais duras e/ou dramáticas em suas perguntas e comentários. Como falei lá no artigo sobre as derrapadas, mesmo marcas grandes e consolidadas parecem simplesmente despreparadas para lidar com essas intempéries tão típicas e previsíveis quando se trata de comportamento humano. Vou fazer um post só dedicado ao assunto monitoramento e interação com a audiência logo mais porque esse ponto é complexo e merece atenção.
Colocar-se no lugar do público e entender o que ele espera da sua marca é uma lição que deve ficar para a vida toda para as marcas que descobriram a empatia durante a pandemia. Aquelas que mesmo assim insistiram em não assimilar esse aprendizado, acredito que não irão fazê-lo nunca mais.
Quantas marcas você já reparou que mesmo de segmentos diferentes tinha discursos meio que genéricos e que ficaram totalmente dispersos na enxurrada de informações, especialmente no ambiente digital, a que fomos submetidos nesses dias? Pois é…marcas que não querem mais correr esse risco precisarão, definitivamente, fazer o poderoso exercício de avaliar os significados de sua existência, definir propósito e tom de voz únicos e inconfundíveis.
Como você está pensando em retomar a produção de conteúdos no pós-quarentena? Compartilhe conosco nos comentários e, se pudermos ajudar, ficaremos felizes. Entre em contato.
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2 Comentários
Ana, que texto elegante e profissional.
Sorte dos clientes que te contratam.
A ressalva que eu faria a sua questão é, por que retomar após a pandemia sendo que neste momento estamos reflexivos da nossa fragilidade e com mais tempo para leitura de conteúdos de qualidade.
Roger, fico feliz que tenha gostado. Espero poder contribuir com meus clientes sempre, mas esse momento é bastante especial. Também espero poder levar a reflexão a quem não é cliente, mas precisa de fluidez na comunicação. Excelente a sua ressalva. Vou amadurecer essa ideia para produções futuras. Obrigada!