Marcas podem produzir conteúdo?
Sérgio Valente (à direita), diretor da Central Globo de Comunicações, acha que as marcas têm que deixar de lado o frisson pela produção de conteúdo e focar nas melhores soluções.
O Festival do Clube de Criação de São Paulo aconteceu entre os dias 20 e 22 de setembro e teve boa parte da programação destinada a conteúdo. Assim como vimos no post de Cannes da Bárbara Sacchitiello, parece que os criativos estão mesmo bastante interessados no assunto, mas nem todo mundo concorda que esse é o principal caminho para as marcas.
Em um painel sobre convergência e coexistência de mídia, Lica Bueno, diretora de mídia da F/Nazca, falou sobre a vontade das marcas de produzirem e criarem suas próprias plataformas de conteúdo e para isso é importante que as agências acompanhem de perto o trabalho dos veículos e entendam os mecanismos de produção. Sérgio Valente, diretor da Central de Comunicações, ex-DM9DBD, disse que observava também esse frisson por conteúdo na sua época de agência, mas foi enfático que para esse isso é um erro.[cite]O publicitário tem que buscar uma solução para o cliente e para o produto. O conteúdo pode ser um caminho, mas nem sempre é[/cite]
Em um painel sobre produção nacional, Gil Ribeiro, presidente da Conspiração, observou que com a Lei 12.485, que trouxe novas regras para o setor de TV por assinatura, observou que há muita oportunidade para as marcas entrarem de uma forma mais consistente na produção de conteúdo.
“É preciso diferenciar o merchandising do conteúdo de marca. O merchandising é uma inserção em um projeto, o conteúdo de marca supõe um roteiro desenvolvido par a marca, uma coisa mais sutil”
Denise Gomes, sócia e diretora de conteúdo da BossaNovaFilms, concorda que é um momento de oportunidades e que a questão agora é aprender a fazer, já que é uma coisa nova no mercado brasileiro e não há muitas referências.
