No final do ano passado, tive a oportunidade de participar de duas palestras com o Eduardo Tracanella, superintendente de marketing do Itaú. Em ambas, ele explicou como a sua equipe atua para transformar um banco, categoria dificílima, em uma love brand. Ele também falou de pesquisas coordenadas pelo banco para descobrir como as pessoas têm se comportado em tempos de amarras econômicas. “É preciso liderar na crise. A marca que conseguir fazer isso vai sair da crise de forma mais forte”, conclui. O grande X da questão para qualquer negócio, na opinião do executivo, será fazer parte da escolha das pessoas, que estão bem mais criteriosas na hora de definir seus investimentos.
Ele destrinchou alguns passos da construção da marca Itaú e a boa notícia é que alguns deles podem ser seguidos por negócios com menos de um milésimo de capacidade de investimento do banco. Basta saber construir bem esse processo ou delegá-lo a quem saiba de verdade.
Isso significa trabalhar com consistência e persistência os códigos da marca. No caso do Itaú, a cor laranja, o símbolo do “i” com as mãos, a trilha sonora original. Empresas menores também precisam investir nisso. Embalagem, logo, autenticidade da comunicação. É necessidade, não firula. No caso da Cabrun!, por exemplo, estamos explorando bastante o nosso logo também, tentando usar os balõezinhos em diversas situações, construindo uma identidade forte para a marca. Esse foi o GIF que fizemos para a virada do ano. Certamente há um ponto assim que o seu negócio pode atacar. Basta ter perspicácia para identificar.
Claro que o Itaú é um dos maiores anunciantes do País. Claro que tem dinheiro de sobra para fazer comercial na novela da Globo e dar um tiro de canhão, mas como toda outra empresa enfrenta uma mudança social e cultural. O prime time é um conceito cada dia mais enfraquecido que perde espaço para o “my time”. Com o acesso a mídia a todo tempo proporcionado pelos smartphones, um desafio das marcas é se comunicar na hora com o público desejado, sem ser invasiva. O recado é: claro que ajuda muito se você tem bala para comprar comercial na Globo, mas o que vale mais é o entendimento do momento certo de conexão com seu público e nem sempre (eu diria que nos dias de hoje quase nunca) é no meio da novela das nove. Tracanella reconheceu a importância do break, mas contou que cada vez mais ele tem sido usado para reforçar ações que acontecem em outros ambientes, em especial no digital.
“As pessoas querem se inspirar e tendem a se conectar com marcas que trazem histórias”, destacou o executivo. Dá uma olhada no vídeo abaixo para entender do que trata. Muitas marcas têm potencial para nadar de braçada no storytelling e estão deixando passar boas oportunidades.
“Se você pede inovação sempre do mesmo jeito, você recebe inovação sempre do mesmo jeito. A maneira como você inspira seus fornecedores é importante”. É isso. O desejo e as atitudes de renovação têm que partir de dentro. Vocês estão prontos?
Vamos desenrolar sua história?
O conteúdo é uma eficiente ferramenta de comunicação e elemento estratégico para o negócio das empresas que atendemos.
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