A Internet tem um vídeo da vez a cada semana praticamente. Uma amiga, Júlia Garcez, me perguntou um dia se eu não achava que essa história de vídeos na Internet já tinha saturado. Isso porque ela achava que aquele vídeo feito pela moça que surtou no trabalho e gravou dançando seu vídeo de despedida era um material promovido por alguma empresa, mais ou menos como aconteceu com o vídeo da Nokia no ano passado, sobre o qual eu falei no blog, do garoto que perdeu o amor na balada. A Júlia me perguntou se não estávamos vivendo um momento de saturação de vídeos na Internet, como se o vídeo estivesse virando uma plataforma muito banal.
Pensei bastante no assunto e achei que a observação não deixa de ser pertinente embora contrarie tudo que tenho aprendido em congressos mundo afora e observado por aqui. Eu acho que o vídeo como plataforma de difundir mensagens continua muito poderoso, o audiovisual é incrivelmente impactante, mas também é verdade que a Internet e as redes sociais aceitam tudo, o trash e o maravilhoso, aí as pessoas começam a desenvolver um olhar mais aguçado e desconfiado para os materiais que recebem, como a minha amiga Júlia.
Henry Jenkis, no seu novo livro “Spreadble Media”, que deve chegar nessas terras logo mais, conduziu uma observação dos conteúdos mais compartilhados na web e chegou à conclusão que 85% eram produzidos com alta qualidade e qualificados como conteúdo premium. Os outros 15% foram produzidos sem muitos recursos e sem uma marca ou entidade por trás, são conteúdos gerados por usuários.
Quando se trata de marcas, me parece que o que vai prevalecer em termos de vídeos é realmente aquilo que é bem produzido, está dentro de um contexto e é claramente divulgado por uma empresa. Os últimos grandes exemplos de virais seguem essa linha, como o premiado Dove Sketches, que tem tudo a ver com a linha de comunicação da Dove que se apoia na real beleza.
As webséries também devem se destacar na avalanche de vídeos de Internet. Já falei aqui sobre os cases muito bem sucedidos da J&J no Canadá e sobre o case de cobranding da Intel com a Toshiba que ganhou grand prix em Cannes na categoria branded content ano passado. Não acho que esses virais como o da garota que largou o emprego com a dancinha da vitória vão desaparecer e perder sua força diante do conteúdo premium. Acho que aqueles que mexem com as nossas vontades e nossos medos (atire a primeira pedra quem nunca quis dar uma de Mariana) vão sempre nos cativar e ganhar a nossa atenção em algum momento por aí.
http://youtu.be/Ew_tdY0V4Zo
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